Câncer de pele
O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as áreas afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer.
Tipos de câncer da pele
Carcinoma basocelular: o mais prevalente dentre todos os tipos, surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Podem se assemelhar a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase. O tipo mais encontrado é o nódulo-ulcerativo, que se assemelha a uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
Carcinoma espinocelular: o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. A pele nessas regiões, normalmente, apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade. Têm coloração avermelhada e se apresentam na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Eles podem ter aparência similar à das verrugas.
Melanoma: tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. Tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente. Além disso, vale lembrar que uma lesão considerada “normal” para um leigo, pode ser suspeita para um médico. Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura.
Somente um exame clínico feito por um dermatologista ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:
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Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente.
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Uma pinta preta ou castanha que muda de cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho.
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Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Tratamento
Todos os tipos de câncer da pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes. Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples. Os mais comuns são: cirurgia excisional, curetagem com eletrodissecção, criocirurgia, cirurgia a laser, cirurgia Micrografia de Mohs, terapia fotodinâmica.
No caso do melanoma, o tratamento varia conforme a extensão, agressividade e localização do tumor. As modalidades mais utilizadas são a cirurgia excisional e a cirurgia Micrográfica de Mohs (citadas acima). Na maioria dos casos, o melanoma metastático não tem cura, por isso é importante detectar e tratar a doença o quanto antes.
